domingo, 31 de outubro de 2010

Tiradentes – histórico




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O ouro descoberto por João Siqueira Afonso, em 1702, no local denominado “Ponta do Morro” atraiu um grande número de pessoas que, interessadas na exploração, ergueram uma capela e formaram um arraial que ficou conhecido com Santo Antônio da Ponta do Morro.
Tiradentes foi uma das cidades que mais teve ouro de superfície no Brasil, e graças a esta abundância, o arraial se desenvolveu, sendo elevado em 1718, à categoria de Vila de São José del Rei, ganhando a configuração arquitetônica que permanece até hoje.
A decadência do metal não impede a Coroa Portuguesa de lançar a derrama, exigindo o pagamento compulsório de impostos atrasados do quinto do ouro. Esta atitude opressora da metrópole faz nascer um sentimento revolucionário, que ficou conhecido como Inconfidência Mineira.
Em 06 de dezembro de 1889, com a valorização da figura do alferes, o governo republicano, decide trocar o nome da cidade para Tiradentes , homenageando o filho ilustre, nascido em 1746 na fazenda do Pombal, à margem direita do rio das mortes e em 1938, não só a cidade, mas todo seu entorno paisagístico é tombado pelo IPHAN, e hoje, Tiradentes se orgulha de sua vocação turística, sendo considerada um dos pólos turísticos mais importantes do Brasil.

Mais Informações...

IHG Tiradentes ..

O ALFERES TIRADENTES

Nascido num sítio no distrito de Pombal, próximo ao arraial de Santa Rita do Rio Abaixo, à época território disputado entre as vilas de São João del-Rei e São José do Rio das Mortes, nas Minas Gerais, Joaquim José da Silva Xavier era filho do reinol Domingos da Silva Santos, proprietário rural, e da brasileira Maria Antônia da Encarnação Xavier, tendo sido o quarto dos sete filhos. Em 1755, após o falecimento da mãe, segue junto a seu pai e irmãos para a sede da Vila de São José; dois anos depois, já com onze anos, morre seu pai. Com a morte prematura dos pais, logo sua família perde as propriedades por dívidas. Não fez estudos regulares e ficou sob a tutela de um padrinho, que era cirurgião. Trabalhou como mascate e minerador, tornou-se sócio de uma botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica, e se dedicou também às práticas farmacêuticas e ao exercício da profissão de dentista, o que lhe valeu a alcunha Tiradentes, um tanto depreciativa. Não teve êxito em suas experiências no comércio.

Com os conhecimentos que adquirira no trabalho de mineração, tornou-se técnico em reconhecimento de terrenos e na exploração dos seus recursos. Começou a trabalhar para o governo no reconhecimento e levantamento do sertão brasileiro. Em 1780, alistou-se na tropa da Capitania de Minas Gerais; em 1781, foi nomeado comandante do destacamento dos Dragões na patrulha do "Caminho Novo", estrada que servia como rota de escoamento da produção mineradora da capitania mineira ao porto Rio de Janeiro. Foi a partir desse período que Tiradentes começou a se aproximar de grupos que criticavam a exploração do Brasil pela metrópole, o que ficava evidente quando se confrontava o volume de riquezas tomadas pelos portugueses e a pobreza em que o povo permanecia. Insatisfeito por não conseguir promoção na carreira militar, tendo alcançando apenas o posto de alferes, patente inicial do oficialato à época, e por ter perdido a função de comandante da patrulha do Caminho Novo, pediu licença da cavalaria em 1787.

Morou por volta de um ano na cidade carioca, período em que idealizou projetos de vulto, como a canalização dos rios Andaraí e Maracanã para a melhoria do abastecimento d'água no Rio de Janeiro; porém, não obteve aprovação para a execução das obras. Esse desprezo fez com que aumentasse seu desejo de liberdade para a colônia. De volta às Minas Gerais, começou a pregar em Vila Rica e arredores, a favor da independência daquela província. Organizou um movimento aliado a integrantes do clero e da elite mineira, como Cláudio Manuel da Costa, antigo secretário de governo, Tomás Antônio Gonzaga, ex-ouvidor da comarca, e Inácio José de Alvarenga Peixoto, minerador. O movimento ganhou reforço ideológico com a independência das colônias estadunidenses e a formação dos Estados Unidos da América. Ressalta-se que, à época, oito de cada dez alunos brasileiros em Coimbra eram oriundos das Minas Gerais, o que permitiu à elite regional acesso aos ideais liberais que circulavam na Europa.

Entusiasmo

“Os anos deixam rugas na pele, mas a perda de entusiasmo deixa rugas na alma.” (Michel Lynberg - Escritor)

(...)

Entusiasmo - A palavra vem de duas palavras gregas “en” e “theos”. Literalmente traduzida significa, “em Deus”. Falamos de tais pessoas como inspiradas. O entusiasmo torna uma pessoa velha, jovem; e sem ele, o jovem se torna velho. É a primavera oculta de energia inesgotável. É aquela força bonita que nos conduz da mediocridade à excelência. (...) É o carisma que atrai pessoas prestativas e alegres para se tornarem nossos amigos produtivos. É a fonte emocional prazerosa que borbulha, atraindo pessoas para nosso lado e absorvendo a alegria que brota do nosso coração. É a canção alegre de uma pessoa positiva que canta uma mensagem inspirada ao mundo:
“Eu posso! É possível! Nós o faremos!”

(...)

O entusiasmo não admite senão o sucesso. É surdo à voz do desânimo. (...) Ele abrirá uma porta quando as outras chaves falharem.
Como anda seu entusiasmo?! Como anda seu entusiasmo pelo Brasil, pela sua empresa, pelo seu emprego, pela sua família, pelos seus filhos, pelo sucesso de seus amigos?
Se você é daqueles que acham impossível entusiasmar-se com as condições atuais, acredite - jamais sairá dessa situação. É preciso acreditar em você. Acreditar na sua capacidade de vencer, de construir sucesso, de transformar realidade. Deixe de lado o negativismo. Deixe de lado o ceticismo. Abandone a descrença e seja entusiasmado com sua vida e principalmente, entusiasmado com você. Você verá a diferença.
“A esperança é algo que traz o sol às sombras das nossas vidas. É nosso vínculo com um amanhã melhor. Quando a esperança se vai, também se vai nossa força vital. Enquanto a esperança permanece viva, também permanece nossa determinação de prosseguir”. (Yitta Halberstam)
~

Texto adaptado do livro Insight I.
Ricardo ABC

Contam que...

Contam que...

Antigamente, no Brasil, para se ter o melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo. Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse. Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou.

O que fazer agora?

A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor. No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado. Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo.

Resultado: o 'azedo' do melado antigo era álcool que aos poucos foi evaporando e ao chegar ao teto do engenho, se resfriou e formou umas goteiras que pingavam constantemente. Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome 'PINGA'.
Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia muito, por isso deram o nome de 'ÁGUA-ARDENTE'.
Caindo em seus rostos escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar. E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo.

Paineira poderá ser cortada

Paineira poderá ser cortada

Uma triste notícia foi dada aos tiradentinos neste fim de ano: a possibilidade do corte da Paineira localizada no alto São Francisco, devido ao apodrecimento de grande parte de sua base.
Por existir um grande apego da população com esta árvore que emoldura um dos principais cartões postais de Minas Gerais, houve uma grande mobilização de moradores para impedir que os bombeiros realizasse o seu corte. Por isto, a paineira ainda permanece, aguardando, porém um laudo técnico de um Biólogo do IEF, que indicará os reais riscos e a possibilidade ou não de recuperá-la.
Após a divulgação deste laudo, que deverá ser concluído apenas em Fevereiro, o eventual corte da paineira ainda dependerá do aval do Prefeito e do IPHAN, pois a árvore é tombada pelo Patrimônio histórico e possui uma ligação “afetiva” com a população.
A grande polêmica está relacionada à segurança, pois uma queda de uma árvore com essas proporções poderá causar danos irremediáveis tanto para o patrimônio Histórico, caso venha a cair sobre a igreja de São Francisco de Paula (século XVIII) quanto para os moradores que residem na parte baixa da Rua Custódio Gomes. Este risco ainda é acrescido do fato de estarmos no verão, período em que é comum as fortes chuvas e vendavais.
Caso o destino seja o corte da paineira, certamente será uma perda muito grande para os tiradentinos e visitantes, afinal, como ocorreu na vizinha São João Del Rei, com a necessidade de corte das palmeiras imperiais da igreja São Francisco de Assis, este será um símbolo da cidade que deixará muitas saudades.
Maiores informações sobre esta polêmica serão abordadas nas próximas edições.

Dilma vova Presidente do Brasil

31/10/2010 23h20 - Atualizado em 01/11/2010 00h02
Dilma comemora vitória com Lula no Palácio da Alvorada
Governadores eleitos da base aliada também entraram na residência oficial.
Vice-presidente eleito Michel Temer (PMDB-SP) participa da comemoração.
Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília

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A presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, chegou por volta de 22h40 no Palácio da Alvorada para comemorar a vitória nas urnas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Governadores eleitos da base aliada e ministros do governo também participam da comemoração.

Dilma entrou na residência oficial sem falar com a imprensa. Para o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB),a vitória da petista representa a continuidade de um governo que, segundo ele, tem feito o Brasil progredir. “A eleição de Dilma dá sequência aos trabalhos de Lula, que tem feito um governo bom para todos”, disse.

Segundo ele, o presidente vai atuar como um conselheiro no novo governo. “Não cabe a um presidente compor os quadros de um governo, mas o Lula vai atuar como um conselheiro político sempre”, afirmou. O governador de Sergipe disse que a vitória de Dilma representa uma mudança de paradigma no país. "Vim dar um abraço no presidente Lula pela grande vitória de hoje. Ele vai entregar a faixa para a primeira mulher presidente. Serão novos paradigmas", afirmou.

Ministros a pé
Houve desorganização durante a entrada de autoridades no Palácio da Alvorada. O carro do senador Inácio Arruda (PCdoB) foi barrado. Ele tentou negociar com os seguranças, mas teve de aguardar autorização para entrar em frente ao portão da residência oficial. O bloqueio de carros forçou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, que chegaram logo em seguida, a entrar a pé no Palácio da Alvorada.

O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, também teve que sair do carro para verificar porque a fila de carros não andava. Os seguranças acabaram autorizando a entrada do deputado e Amorim pode seguir de carro até a porta da residência.

Antes de entrar, Amorim foi questionado se continuaria a chefiar o Itamaraty no novo governo. "Não sei. Mas isso agora não é importante", disse. Ele afirmou ainda esperar que Dilma "aprofunde" os projetos já existentes. "Acho que [o novo governo] vai ser de aprofundamento dos projetos. Agora, cada um tem seu estilo. Tem um ditador que diz: O estilo é o homem. Nesse caso, o estilo é a mulher", brincou.

Também entraram no Palácio da Alvorada o vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP), os ministros do Esporte, Orlando Silva, e de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o secretário-executivo do PT, Eduardo Cardozo, e os governadores da Bahia, Jaques Wagner (PT), de Sergipe, Marcelo Déda (PT), e Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Bela Cidade Historica Tiradentes
















Tiradentes integra, com mais quatro cidades de Minas, o projeto do Ministério do Turismo “Destinos Indutores”, que selecionou destinos turísticos para se tornarem excelência no turismo internacional. É possível voltar no tempo, passear de Maria-Fumaça até São João del-Rei e andar de charrete pelas ruas da charmosa cidade. Destaques da arquitetura barroca são a Igreja Matriz de Santo Antônio, que abriga um órgão em estilo rococó, de 1788, e a Igreja Nossa Senhora do Rosário, considerada a mais antiga da cidade. A gastronomia, a música e o cinema fluem em Tiradentes. Em janeiro, acontece a Mostra de Cinema e, em agosto, a cidade se movimenta com o Festival de Cultura e Gastronomia.Contamos tambem com o Grupo de Teatro Entre & Vista que vem abrilhantando a 18 Anos ainda mais a Cidade com sua Arte ajudando no desenvolvimento artistico cultural desta Bela Cidade com o Diretor e Fundador o Sr° Eros Miguel da Conceição, conhecido no Teatro como (Tio Eros) e com um grupo cheio de Esperança e Amor em, Encantar e Cantar com o Grupo de Seresta que se Apresenta pelas ruas da Cidade para maior Alegria dos Visitantes e Moradores......

História de Tiradentes - MG


A cidade de Tiradentes originou-se do pequeno arraial da Ponta do Morro, formado em iníciosA cidade de Tiradentes originou-se do pequeno arraial da Ponta do Morro, formado em inícios do século XVIII. Desde os últimos anos do século XVII, o paulista Tomé Portes del-Rei explorava o direito de passagem às margens do Rio das Mortes, num ponto conhecido como Porto Real da Passagem.
Em 1702 João de Siqueira Ponte chega à região e, em companhia de Tomé Portes, descobre ouro nos córregos da redondeza. O local, denominado Ponta do Morro, logo se transforma em arraial com o afluxo crescente de garimpeiros.
Pouco tempo depois, passa a se chamar Arraial da Ponta do Morro de Santo Antônio, em louvor ao santo de devoção dos moradores que aí se reuniram e ergueram uma capela. Graças à abundância do ouro encontrado, o arraial desenvolve-se rapidamente, sendo elevado à categoria de vila em 1718, quando recebe a denominação de São José del-Rei.
Nas primeiras décadas do século XVIII, foi construída a maior parte de seu casario e de suas edificações religiosas, como a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em 1708, e a Matriz de Santo Antônio, em 1710. Ao redor das igrejas e capelas, localizadas em pontos elevados da cidade, as casas foram se firmando numa configuração que permanece até hoje.
A decadência da mineração, que já se manifestava em toda a Capitania das Minas Gerais desde 1750, só viria a ter reflexos no crescimento da Vila de São José no início do século XIX, quando as minas de ouro se esgotam.
Apesar da escassez do metal, a Coroa Portuguesa lança a derrama, exigindo o pagamento compulsório de impostos atrasados do quinto do ouro, que em 1788 somavam mais de oito mil quilos. A atitude opressora da metrópole faz surgir o espírito revolucionário entre as camadas mais abastadas, reunindo militares, comerciantes e intelectuais no movimento mais tarde conhecido como Inconfidência Mineira.
Em 1789, a denúncia do coronel Joaquim Silvério dos Reis coloca São José del-Rei entre as vilas mineiras envolvidas na conspiração. Entre os integrantes está o padre Carlos Correa de Toledo e Mello, vigário da então Freguesia de Santo Antônio, considerado um dos maiores propagadores do movimento. No século XIX, os moradores da Vila de São José voltam-se para a agricultura e a pecuária, vendendo carne de porco, boi e carneiro para algumas localidades de Minas e, também, para o Rio de Janeiro.
Em 1831 a participação da mão-de-obra feminina na economia local é expressiva, especialmente no ramo da fiação e tecelagem.
Em 1864 a localidade chega a possuir cerca de 70 teares, conta com 108 fiadeiras e tecedeiras, além de 44 costureiras, e a produção atinge cerca de 30.000 varas de pano. No entanto, a atividade não chega a alcançar proporções industriais. Sem grandes alternativas econômicas, São José del-Rei, elevada à categoria de cidade em 1860, pouco se modifica. Sua integridade patrimonial e paisagística assegura-lhe um dos perfis coloniais mais autênticos de Minas Gerais e do Brasil.
Em 1889 recebe nova denominação, passando a se chamar Tiradentes, em homenagem ao herói da Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier. Dessa época em diante, a cidade experimenta certo ritmo de expansão comercial com a implementação do ramal ferroviário da Estrada de Ferro Oeste-Minas e, mais tarde, do sistema rodoviário.
Hoje, uma das importantes fontes de renda da cidade é o turismo, mantido graças ao grande interesse por seu conjunto arquitetônico colonial, quase inalterado.
A cidade foi tombada como Patrimônio Histórico Nacional em 1938 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, resguardando-se não só seu conjunto arquitetônico como também áreas de seu entorno paisagístico, especialmente a imponente Serra de São José com agradáveis cachoeiras e vegetação remanescente da Mata Atlântica.
do século XVIII. Desde os últimos anos do século XVII, o paulista Tomé Portes del-Rei explorava o direito de passagem às margens do Rio das Mortes, num ponto conhecido como Porto Real da Passagem.
Em 1702 João de Siqueira Ponte chega à região e, em companhia de Tomé Portes, descobre ouro nos córregos da redondeza. O local, denominado Ponta do Morro, logo se transforma em arraial com o afluxo crescente de garimpeiros.
Pouco tempo depois, passa a se chamar Arraial da Ponta do Morro de Santo Antônio, em louvor ao santo de devoção dos moradores que aí se reuniram e ergueram uma capela. Graças à abundância do ouro encontrado, o arraial desenvolve-se rapidamente, sendo elevado à categoria de vila em 1718, quando recebe a denominação de São José del-Rei.
Nas primeiras décadas do século XVIII, foi construída a maior parte de seu casario e de suas edificações religiosas, como a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, em 1708, e a Matriz de Santo Antônio, em 1710. Ao redor das igrejas e capelas, localizadas em pontos elevados da cidade, as casas foram se firmando numa configuração que permanece até hoje.
A decadência da mineração, que já se manifestava em toda a Capitania das Minas Gerais desde 1750, só viria a ter reflexos no crescimento da Vila de São José no início do século XIX, quando as minas de ouro se esgotam.
Apesar da escassez do metal, a Coroa Portuguesa lança a derrama, exigindo o pagamento compulsório de impostos atrasados do quinto do ouro, que em 1788 somavam mais de oito mil quilos. A atitude opressora da metrópole faz surgir o espírito revolucionário entre as camadas mais abastadas, reunindo militares, comerciantes e intelectuais no movimento mais tarde conhecido como Inconfidência Mineira.
Em 1789, a denúncia do coronel Joaquim Silvério dos Reis coloca São José del-Rei entre as vilas mineiras envolvidas na conspiração. Entre os integrantes está o padre Carlos Correa de Toledo e Mello, vigário da então Freguesia de Santo Antônio, considerado um dos maiores propagadores do movimento. No século XIX, os moradores da Vila de São José voltam-se para a agricultura e a pecuária, vendendo carne de porco, boi e carneiro para algumas localidades de Minas e, também, para o Rio de Janeiro.
Em 1831 a participação da mão-de-obra feminina na economia local é expressiva, especialmente no ramo da fiação e tecelagem.
Em 1864 a localidade chega a possuir cerca de 70 teares, conta com 108 fiadeiras e tecedeiras, além de 44 costureiras, e a produção atinge cerca de 30.000 varas de pano. No entanto, a atividade não chega a alcançar proporções industriais. Sem grandes alternativas econômicas, São José del-Rei, elevada à categoria de cidade em 1860, pouco se modifica. Sua integridade patrimonial e paisagística assegura-lhe um dos perfis coloniais mais autênticos de Minas Gerais e do Brasil.
Em 1889 recebe nova denominação, passando a se chamar Tiradentes, em homenagem ao herói da Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier. Dessa época em diante, a cidade experimenta certo ritmo de expansão comercial com a implementação do ramal ferroviário da Estrada de Ferro Oeste-Minas e, mais tarde, do sistema rodoviário.
Hoje, uma das importantes fontes de renda da cidade é o turismo, mantido graças ao grande interesse por seu conjunto arquitetônico colonial, quase inalterado.
A cidade foi tombada como Patrimônio Histórico Nacional em 1938 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, resguardando-se não só seu conjunto arquitetônico como também áreas de seu entorno paisagístico, especialmente a imponente Serra de São José com agradáveis cachoeiras e vegetação remanescente da Mata Atlântica.